A pesquisa aponta que, em 2023, cerca de 173 milhões de itens esportivos falsificados foram comprados no Brasil. Os consumidores que adquiriram esses produtos, tiveram uma frequência média de compras de 2,5 vezes ao ano.
Um estudo encomendado pela ÁPICE, realizado pela Inteligência de Mercado (IEMI), levantou números sobre a comercialização de artigos esportivos contrafeitos no Brasil em 2023. Os objetivos são estimar a dimensão do mercado legal e ilegal do setor no país, conscientizar os consumidores e alertar instituições sobre os impactos e malefícios desta prática.
De acordo com o estudo, no ano de 2023, foram comercializadas mais de 580 milhões de unidades de itens esportivos. Deste número, aproximadamente 30% eram falsificados, totalizando mais de 173 milhões de unidades não-originais vendidas no Brasil. Na edição anterior do Estudo, realizada em 2021, foi identificada a comercialização de 157 milhões de produtos esportivos falsificados, demonstrando um crescimento preocupante do consumo de itens contrafeitos de quase 20 milhões de peças em apenas dois anos.
Ainda segundo a pesquisa, 23% dos entrevistados compraram ao menos uma unidade não-original de produtos esportivos. Em números totais, essa porcentagem equivale a R$8,7 bilhões gastos em 2023.
Para Renato Jardim, Diretor Executivo da ÁPICE, o estudo mapeou não somente a extensão deste mercado, mas também os prejuízos para o mercado esportivo e o erário público.
“Importante ressaltar que não só as empresas e o Governo são impactados com a pirataria, a falsificação de produtos esportivos vai muito além de perdas econômicas. Há males físicos que podem emergir através do uso de equipamentos inadequados, que não foram desenvolvidos com a tecnologia necessária para proteger esportistas e praticantes de atividades físicas no geral”, explica Renato.
Conforme o levantamento do IEMI, as perdas em vendas citadas por Renato chegaram a R$22 bilhões para o mercado esportivo. Já o Governo, deixou de arrecadar em torno de R$5 bilhões em impostos no último ano.
A pesquisa demonstra, ainda, dados que apontam para o hábito de consumo dos indivíduos que compram itens contrafeitos. Um total de 48% de pessoas utilizou o varejo físico na compra de peças não-originais, enquanto 36,7% da população optou pelo varejo online e 15,3% recorreram a canais de revenda informal. No ano de 2021, dos 157 milhões de produtos esportivos piratas comercializados no Brasil, 136 milhões de unidades foram vendidas por meio do canal físico (86,6%), enquanto as vendas no canal digital corresponderam a mais de 15 milhões de unidades (9,8%) e, ainda, cerca de 5 milhões das vendas foram realizadas em outros locais (3,5%). Este expressivo crescimento da comercialização de produtos não originais no ambiente online demanda atenção e ações imediatas por parte do Governo.
O estudo foi realizado mediante uma pesquisa de campo com entrevistas e questionário com questões qualitativas e quantitativas, utilizando uma amostra de mais de 2 mil pessoas. A pesquisa foi realizada em todo território nacional, com a respectiva representatividade de gênero, região, acesso à internet e condição socioeconômica. As principais categorias de produtos avaliados foram óculos, tênis, camisetas de times e peças de vestuário esportivo no geral.
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