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Estudo mostra que o uso de máscaras não atrapalha a performance de atletas

As competições dos jogos olímpicos de Tóquio já estão a todo vapor. E neste cenário ainda pandêmico, uma pergunta segue no ar: usar ou não usar máscara atrapalha o desempenho dos esportistas? Um estudo recente de pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) trouxe alguns resultados animadores, principalmente para atletas velocistas e saltadores. 


Os autores da pesquisa constataram que a prática dos exercícios com máscara não afetou o desempenho dos atletas, apesar da percepção de maior esforço quando a proteção estava sendo usada, como relatou Bryan Saunders, pesquisador em Fisiologia do Esporte e do Exercício da USP, ao jornal da instituição. Além disso, o orientador do estudo também destacou que o benefício do uso da máscara diante da pandemia é maior que qualquer desconforto que ela possa causar. 


Os atletas foram avaliados em duas sessões de treinamento, uma com máscara e outra sem. Também foram analisados no salto antes e depois dos exercícios. A máscara de tecido com três camadas foi a escolhida para os testes, já que é a recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o uso diário pelo público em geral. Ao final da bateria de exercícios, os pesquisadores concluíram que o uso da proteção não alterou o desempenho dos esportistas em nenhuma das duas modalidades.


Máscaras geram maior percepção de esforço 


À medida que o treino avançava com o uso da proteção, os atletas apresentaram uma percepção de maior esforço durante a atividade do que estavam habituados. Para os treinadores, essa percepção e o desconforto relatados podem estar relacionados com a adaptação ao uso de máscara durante o exercício. A impossibilidade de  fazer um “teste às cegas”, que acontece quando os participantes são impedidos de saber em qual condição do estudo eles estão, também limita a análise, como explicam os autores do estudo.


Os resultados do experimento podem servir para outras atividades físicas que requerem potência e/ou velocidade com períodos longos de recuperação, como relata Rui Barboza Neto, pesquisador da UFRN que participou do estudo. Estas condições não aparecem, por exemplo, em esportes como o futebol, em que há sprints curtos, mas com curtos períodos de recuperação, ou em maratonas, que são corridas longas e raramente possuem sprints nas sessões de treino.


Fonte: Jornal da USP


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