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Importações de calçados esportivos seguem em queda

Entre janeiro e novembro de 2021, as importações de calçados das marcas esportivas somaram 10 milhões de pares. O número representa uma queda de 22% em relação ao mesmo período de 2020 e de 41% quando comparado aos dados de 2019. Essas informações indicam que nos últimos dois meses a queda nas importações foi ainda maior do que a média dos meses anteriores. De janeiro a setembro deste ano, os percentuais estavam em 18% e 38%, respectivamente.

 

O preço médio de importação sobre cada par calçado esportivo para as marcas globais foi de USD 20,73, enquanto o preço de exportação praticado pela indústria brasileira para estes produtos foi de USD 13,39. Ou seja, o preço médio do produto importado foi 55% maior em relação ao preço do produto exportado.

 

No geral, o saldo positivo da balança comercial do setor de calçados saltou de 65 milhões de pares em 2020, para 90 milhões em 2021. Como resultado, a participação do produto importado sobre o consumo nacional de calçados deve ficar abaixo de 3% em 2021.

 

“A alíquota de imposto de importação praticada sobre o calçado esportivo importado no Brasil é de 35%. É uma das maiores taxações aplicadas no mundo para produtos deste setor”, explica Renato Jardim, diretor executivo da ÁPICE.

 

A alta carga tributária costuma ser um recurso para proteger a produção interna quando ela não tem condições de competir no cenário global. No entanto, a necessidade de se praticar tal cobrança é posta em xeque, pois o Brasil tem registrado um grande superávit da balança comercial para estes produtos, além de contar com uma baixa participação dos calçados esportivos importados no mercado nacional e com preços ainda superiores aos do produto local, sobretudo com a atual taxa de câmbio. Estes fatores em conjunto levantam dúvidas sobre a taxação praticada e os motivos para sua manutenção.

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