A pandemia popularizou a prática de esportes ao ar livre

Essa afirmação vem de um estudo apresentado pela Google em novembro deste ano, depois de ouvir 2 mil brasileiros para entender as mudanças que surgiram na pandemia sobre as práticas esportivas. Os resultados combinam o comportamento das pessoas na ferramenta de busca da plataforma e no YouTube, e trazem os insights de outro estudo produzido pela consultoria Sport Track entre 2006 e 2020.

 

A busca por esportes ao ar livre ou outdoor, como costumam ser chamados, cresceu significativamente. As buscas por ciclismo aumentaram 144% e por natação subiram 230%. Além disso, outras modalidades também ganharam novos públicos. O estudo produzido pela Sport Track mostrou que 39% dos brasileiros declaram ter começado algum esporte novo neste período. 

 

Os motivos para a procura destas atividades também mudaram, o que mostra que as pessoas estão mais interessadas em desenvolver bons hábitos de saúde e bem-estar, colocando estas questões bem à frente dos objetivos estéticos ou dos hobbies. Entre 2017 e 2020, as buscas por mindfulness e medição mais que dobraram, comprovando esta tendência. 



Um novo momento para esportes em geral


 A pandemia impulsionou as práticas ao ar livre, mas o aumento na procura já acontecia antes. No caso do surf e do skate, por exemplo, foi observado um crescimento próximo de 8 e 6 vezes, respectivamente, nos últimos cinco anos. 

 

Pelos menos 41% dos brasileiros dizem fazer algum esporte ao ar livre e 23% sondam artigos para praticar as atividades externas. As modalidades que mais cresceram nas buscas do Google entre 2019 e 2020 foram ciclismo, skate, squash, handebol e yoga. 

 

Mas o interesse do público não se restringiu às modalidades ao ar livre, as pessoas também procuraram mais por exercícios em casa. As pesquisas por este termo cresceram duas vezes entre março e novembro de 2020. E nesse contexto, ferramentas como o YouTube tiveram um papel essencial para orientar essa turma a se movimentar.

Por Gabriel Rezende 24 de setembro de 2025
A SGI Europe (Sporting Goods Intelligence) listou os 50 maiores varejistas esportivos do mundo. Juntos, faturaram em 2024 US$ 150 bilhões (cerca de R$ 800 bilhões).  Entre eles, duas redes têm operações no Brasil: a maior do mundo (de origem francesa) e a 25ª (brasileira!). É significativo estar no mapa, mas, pelo tamanho e perfil da nossa população, o Brasil poderia ter um peso muito maior no consumo global de artigos esportivos. Um dos freios é o nosso ambiente comercial fechado. Em 2007, o Brasil elevou tarifas de importação de vestuário e calçados de 20% para 35%, mantendo desde então uma das alíquotas mais altas do mundo para o setor. O resultado aparece nos dados. Segundo o IBGE, as vendas de vestuário e calçados (em geral, não apenas esportivos) caíram 4,4% quando comparamos 2025 com 2007. No mesmo período, o varejo total brasileiro cresceu quase 70%.
Por Gabriel Rezende 16 de setembro de 2025
Relatório da UNICEF feito com informações de 190 países destacou que, pela primeira vez, o número de crianças e jovens obesos superou o de desnutridos!
Leia mais