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Muito além do entretenimento: descubra como os eventos esportivos movem diversos setores da economia

Com um público grande, jovem e clima favorável, o Brasil pode ser uma potência em eventos esportivos


Você sabia que o mercado esportivo vai muito além da venda de artigos e vestuário? Esta indústria também engloba diversos outros setores, como pesquisa e desenvolvimento, mídia e conteúdo, e muito mais.


Mas entre os elos que movem essa indústria, um muito representativo e rentável é o do esporte profissional e seus mega eventos esportivos. De acordo com estudo da PwC, antes da pandemia do novo coronavírus este ramo movimentava cerca de US $50 bilhões anualmente ao redor do mundo somente com bilheteria, naming rights, shows, eventos, camarotes, restaurantes e projetos de sócio torcedor. No entanto, seu impacto tem um alcance muito maior.


Por serem encontros que reúnem um grande público, estes eventos acabam gerando impacto não somente para a organização, mas para todo o ecossistema do esporte, que engloba turismo, pequenos negócios, hotelaria, rede de infraestrutura, marketing, logística, segurança, entre outros.


“É um dos setores mais rentáveis da indústria mundial do esporte. E as grandes marcas têm papel chave: investem bilhões em patrocínios, viabilizando eventos que geram milhares de empregos e movimentam esse ecossistema”, explica Renato Jardim, diretor executivo da ÁPICE. 


De acordo com Renato, esses investimentos trazem ganhos que vão além dos econômicos: “Os eventos esportivos promovem a socialização, criam laços e vínculos entre os torcedores, e ajudam a promover uma rede de infraestrutura para a cidade sediadora, que será aproveitada posteriormente pelos seus moradores. Além disso, eventos internacionais promovem uma troca cultural riquíssima e a inspiração para a prática de esportes, tão importante em um país como o Brasil, no qual 100,5 milhões de adultos não praticam nenhum tipo de exercício”. 


Hoje, os valores de bilheteria gerados no Brasil ainda são baixos quando comparados a outros mercados, mas há um potencial imenso a ser explorado:  além de um país de grande extensão territorial, com clima favorável para práticas esportivas, grande apelo turístico, o Brasil é um dos países com uma das maiores torcidas de futebol do mundo. O Campeonato Brasileiro é a décima liga que mais arrecada, movimentando mais de R$700 milhões por ano.



Cancelamentos 


Segundo a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), o setor de eventos movimenta anualmente cerca de R$ 270 bilhões. No ano de 2020, cerca de 350 mil destes foram cancelados. Isto quer dizer que o mercado de eventos, não apenas os esportivos, deixou de faturar ao menos R$90 bilhões durante a pandemia. O cancelamento em massa dos eventos foi um baque também para a indústria do esporte, que precisou mudar a lógica com a qual patrocinava eventos. 


As corridas de rua, por exemplo, fazem parte dos assets de grandes marcas, que por consequência foram duramente afetadas. Logo, essas empresas tiveram que se reinventar para conseguir continuar conectadas com seus públicos. 


O cenário digital cresceu exponencialmente, e com ele, a geração de conteúdo digital passou a fazer parte da estratégia de empresas especialistas em promoção de eventos esportivos através de, por exemplo, maratonas e eventos esportivos virtuais. 


Outro gargalo de crescimento e inovação que ganhou espaço neste período foi o dos E-sports. O segmento que disparou em crescimento neste período: de acordo com a Statista, em 2021, este mercado gerou 1,8 bilhão de dólares, representando um crescimento de 50% em relação ao ano anterior. 

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