Prática de tênis cresce no Brasil após a redução no imposto de importação das raquetes

O momento atual marca uma oportunidade para consolidar a modalidade no país proporcionalmente ao seu potencial

 

Em agosto de 2021, entrou em vigor uma medida de redução do imposto de importação para raquetes. Os impactos positivos dessa medida já podem ser sentidos na prática.


Segundo o relatório do
ITF Global Tennis Report 2021, a porcentagem de praticantes de tênis no Brasil subiu de 2,6% para 3%, entre 2019 e 2021. E esse aumento já está relacionado com a redução temporária do imposto de importação, que tornou os produtos mais acessíveis e atraentes ao consumidor, estimulando a prática do esporte. 

 

A quantidade média mensal de importações de raquetes desde a vigência da redução tarifária também obteve um crescimento de 70%, quando comparada com o mesmo período de dois anos anteriores. 

 

Outro fator que também contribuiu para o crescimento do interesse de brasileiros e brasileiras pelo esporte foram as recentes conquistas do país nas Olimpíadas de Tóquio. Com a primeira medalha do tênis brasileiro na história das Olimpíadas ganho por duas tenistas brasileiras, o crescimento do tênis e em especial o tênis feminino, com o retorno da modalidade em um alto nível de visibilidade potencializou o interesse pelo esporte por parte de várias camadas sociais. Mesmo o tênis sendo um esporte bastante atrativo pela população já há anos, o momento atual marca uma oportunidade para consolidar a modalidade no país proporcionalmente ao seu potencial.

 

“O mercado brasileiro de tênis tem muito potencial de crescimento, são cerca de 3 milhões de pessoas adeptas ao esporte em um país com mais de 200 milhões de habitantes”, explica Renato Jardim, Diretor Executivo da ÁPICE. Um número ainda modesto, porém otimista, se comparado com países vizinhos com populações significativamente menores, como na Colômbia, que possui 4,1% de praticantes do mundo. 

 

Além disso, Renato ressalta que o fortalecimento interno do mercado abre a possibilidade de atrair mais tecnologia, inovação e desenvolvimento para a indústria nacional, colocando o Brasil no mapa prioritário de interesse das marcas globais. Atraindo, assim, mais investimentos, consumo, atratividade à atividade física, ao esporte, clubes, atletas e eventos de grande porte.

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