Brasil acende alerta vermelho para obesidade infantil e projeta cenário preocupante até 2030

Dados indicam que o país pode ocupar a 5º lugar no ranking global de obesidade infantil até 2030

O Brasil vive uma escalada preocupante nos índices de obesidade infantil. Dados recentes do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) mostram que, em 2023, 14,2% das crianças com menos de cinco anos apresentavam sobrepeso ou obesidade. Com a projeção de que o país ocupe o 5º lugar no ranking global de obesidade infantil até 2030, o Governo Federal decidiu agir: anunciou a redução gradual do limite de alimentos processados nas escolas públicas, com meta de 15% em 2025 e 10% até 2026.


A medida visa enfrentar um problema que vai além das estatísticas. A alimentação inadequada, combinada ao sedentarismo, tem se tornado uma combinação perigosa para a saúde das crianças brasileiras. De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade e a Organização Mundial da Saúde (OMS), o cenário é crítico: atualmente, 14,3% das crianças entre 2 e 4 anos têm sobrepeso. Na faixa etária de 5 a 9 anos, o número saltou para 29,3%.


Especialistas alertam que o estilo de vida atual, com cada vez mais tempo dedicado a telas e menos à prática de atividades físicas, é um dos principais vilões. O sedentarismo infantil está diretamente ligado ao aumento do peso e, consequentemente, ao risco de doenças crônicas na vida adulta, como diabetes tipo 2 e enfermidades cardiovasculares.


Além dos impactos físicos, a obesidade infantil traz prejuízos emocionais e sociais. Crianças com excesso de peso podem enfrentar bullying, baixa autoestima e dificuldades de socialização.


Diante desse quadro, especialistas defendem ações conjuntas: políticas públicas consistentes, programas de educação nutricional e envolvimento direto das famílias e escolas na mudança de hábitos alimentares e de comportamento.


“Combater a obesidade na infância é uma urgência de saúde pública. Precisamos promover uma mudança cultural que envolva alimentação saudável, prática de atividade física e mais esporte nas escolas. A ÁPICE entende que o esporte é um caminho essencial para um futuro mais saudável”, afirma Renato Jardim, diretor-executivo da ÁPICE.

Sobre a ÁPICE

Somos a ÁPICE, Associação pela Indústria e Comércio Esportivo, formada pela união de empresas nacionais e internacionais do setor. Nascemos em 2010 com o objetivo de ser o canal institucional das marcas, varejo e indústria de produtos esportivos que atuam no Brasil, junto ao governo, entidades públicas ou privadas e com a sociedade de forma geral.

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