Estudo do Brand Protection Group revela riscos à saúde em produtos falsificados comprados durante a Black Friday
Um levantamento recente do Brand Protection Group (BPG) acende um alerta sobre um problema crescente no varejo digital brasileiro: a relação direta entre a escalada das vendas online durante a Black Friday e o aumento do consumo de produtos falsificados.
De acordo com o estudo, mais de 30 milhões de produtos foram vendidos online em apenas dois dias na última edição da Black Friday no Brasil. O volume recorde de compras também expõe um lado perigoso desse fenômeno: grande parte dos produtos falsificados que circulam no país têm origem justamente no comércio eletrônico.
Itens de beleza e cuidados pessoais lideram as falsificações mais perigosas
Entre as categorias mais preocupantes estão produtos de beleza, fragrâncias e itens de cuidados pessoais falsificados. Segundo o BPG, esses itens são frequentemente produzidos sem qualquer controle sanitário e podem conter substâncias não testadas, componentes tóxicos e fórmulas instáveis.
O estudo destaca que consumidores que utilizam esses produtos correm riscos como:
- Irritações de pele e reações alérgicas;
- Exposição a químicos perigosos;
- Danos à saúde em longo prazo;
- Ausência de garantia, reembolso ou assistência pós-compra.
Especialistas ouvidos pelo BPG ressaltam que, ao contrário do que muitos consumidores acreditam, a falsificação não se limita a prejuízos financeiros — ela representa uma ameaça real à saúde e à segurança do comprador.
Influenciadores têm papel crescente no impulso aos “dupes”
O fenômeno dos “dupes” (produtos anunciados como versões acessíveis de itens de marcas renomadas) também foi analisado pelo estudo. Muitas dessas recomendações, segundo o BPG, são promovidas por influenciadores que, muitas vezes, não verificam a procedência dos itens que divulgam.
Embora aparente inofensivos, os “dupes” contribuem para a circulação de itens falsificados e inseguros, ampliando o risco para milhões de consumidores, especialmente durante períodos de alta demanda como a Black Friday.
Como se proteger nas compras online
O BPG orienta que os consumidores adotem práticas simples, mas fundamentais, para evitar golpes e produtos ilegais:
- Evitar ofertas “boas demais para ser verdade”;
- Comprar apenas de canais oficiais ou vendedores autorizados;
- Conferir avaliações e histórico de reputação dos vendedores;
- Comparar embalagem, marca e apresentação com fotos oficiais;
- Ser cético em relação a recomendações de influenciadores sobre “dupes”.
ÁPICE reforça importância do combate à pirataria no país
A ÁPICE, entidade que atua pela proteção da propriedade intelectual e do ambiente competitivo no Brasil, reforça que combater a pirataria é essencial não apenas para a defesa de marcas legítimas, mas também para a segurança do consumidor.
Segundo a instituição, o aumento das vendas online intensifica ainda mais a necessidade de fiscalização e educação do público. “O enfrentamento à pirataria é uma pauta urgente, especialmente em datas como a Black Friday, quando a oferta de falsificações cresce exponencialmente. Nossa missão é proteger o consumidor e promover um mercado mais seguro e justo”, destaca a entidade.
Sobre a ÁPICE
Somos a ÁPICE, Associação pela Indústria e Comércio Esportivo, formada pela união de empresas nacionais e internacionais do setor. Nascemos em 2010 com o objetivo de ser o canal institucional das marcas, do varejo e da indústria de produtos esportivos que atuam no Brasil, junto ao governo, a entidades públicas ou privadas e à sociedade em geral.



