Acordo entre Brasil e Argentina preocupa o setor esportivo

Em nota conjunta, divulgada no dia 8 de outubro, Brasil e Argentina anunciam ter chegado a um consenso para que a Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC) seja reduzida em 10%. Segundo o documento, serão resguardadas as exceções já existentes no bloco. Ou seja,  a princípio ficam excluídos dessa redução tarifária, os setores têxtil e de confecção, calçados, lácteos, brinquedos e automotivo.

 

Os detalhes do acordo ainda não estão disponíveis publicamente e ainda devem ser discutidos e aprovados com os outros dois membros do Mercosul, Paraguai e Uruguai. De qualquer forma, a exclusão de produtos esportivos que estão classificados dentro dos setores que ficaram de fora do corte tarifário preocupa muito a ÁPICE. A evolução da taxa de câmbio e os efeitos da pandemia sobre o mercado impõe a necessidade de revisão da política comercial brasileira. 

 

“O Brasil perde com essa exclusão, em especial, o ecossistema do esporte e os milhares de empregos existentes em cada um de seus diversos elos”, comenta Renato Jardim, diretor executivo da ÁPICE.

 

A exclusão dos produtos esportivos dessa abertura de mercado será sentida pelo setor, que sai prejudicado quanto à recuperação e à oferta dos produtos esportivos em maior diversidade de modelos e melhores condições comerciais.

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A SGI Europe (Sporting Goods Intelligence) listou os 50 maiores varejistas esportivos do mundo. Juntos, faturaram em 2024 US$ 150 bilhões (cerca de R$ 800 bilhões).  Entre eles, duas redes têm operações no Brasil: a maior do mundo (de origem francesa) e a 25ª (brasileira!). É significativo estar no mapa, mas, pelo tamanho e perfil da nossa população, o Brasil poderia ter um peso muito maior no consumo global de artigos esportivos. Um dos freios é o nosso ambiente comercial fechado. Em 2007, o Brasil elevou tarifas de importação de vestuário e calçados de 20% para 35%, mantendo desde então uma das alíquotas mais altas do mundo para o setor. O resultado aparece nos dados. Segundo o IBGE, as vendas de vestuário e calçados (em geral, não apenas esportivos) caíram 4,4% quando comparamos 2025 com 2007. No mesmo período, o varejo total brasileiro cresceu quase 70%.
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