Acordo entre Brasil e Argentina preocupa o setor esportivo
Em nota conjunta, divulgada no dia 8 de outubro, Brasil e Argentina anunciam ter chegado a um consenso para que a Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC) seja reduzida em 10%. Segundo o documento, serão resguardadas as exceções já existentes no bloco. Ou seja, a princípio ficam excluídos dessa redução tarifária, os setores têxtil e de confecção, calçados, lácteos, brinquedos e automotivo.
Os detalhes do acordo ainda não estão disponíveis publicamente e ainda devem ser discutidos e aprovados com os outros dois membros do Mercosul, Paraguai e Uruguai. De qualquer forma, a exclusão de produtos esportivos que estão classificados dentro dos setores que ficaram de fora do corte tarifário preocupa muito a ÁPICE. A evolução da taxa de câmbio e os efeitos da pandemia sobre o mercado impõe a necessidade de revisão da política comercial brasileira.
“O Brasil perde com essa exclusão, em especial, o ecossistema do esporte e os milhares de empregos existentes em cada um de seus diversos elos”, comenta Renato Jardim, diretor executivo da ÁPICE.
A exclusão dos produtos esportivos dessa abertura de mercado será sentida pelo setor, que sai prejudicado quanto à recuperação e à oferta dos produtos esportivos em maior diversidade de modelos e melhores condições comerciais.