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Falta de exercícios físicos prejudicou a saúde do brasileiro na pandemia

A Covid-19 atingiu em cheio a saúde do brasileiro em 2020. Dados divulgados pelo Instituto de Estudos para Políticas da Saúde (IEPS) mostram que o número de adultos obesos nas capitais do país aumentou para 21,5% no primeiro ano da pandemia. Este percentual era de 20,3% em 2019, já bastante acima dos 11,8% registrados em 2006.

 

A mudança no estilo de vida provocada pelo isolamento social foi um dos principais fatores para a piora nos indicadores medidos pelo instituto, como divulgou o jornal Estadão. Entre estes índices, há também o do consumo de álcool, que aumentou para 20,9% em 2020, sendo que, no ano anterior, foi de 18,8%. O sedentarismo passou de 13,9% para 14,9% no mesmo período.

 

As mudanças nos hábitos alimentares do brasileiro também contribuíram para os resultados apresentados. A ingestão de uma dieta pobre em nutrientes, como é o caso dos alimentos ultraprocessados, é um fator de risco à saúde, como destaca Beatriz Rache, autora do estudo e mestre em economia pela Universidade Columbia, nos Estados Unidos.

 

Quando analisado a partir de critérios socioeconômicos, este resultado é pior para aqueles com menores condições socioeconômicas e menos escolarizados, aumentando a propensão para doenças crônicas, como retrata a nota técnica produzida pelo IEPS. 

 

“A mudança neste cenário é possível e pode ser conquistada por meio de políticas públicas que incentivem a prática de atividades físicas”, relata Renato Jardim, diretor executivo da ÁPICE - Associação pela Indústria e Comércio Esportivo. 

 

Os altos preços de produtos esportivos podem levar a um desestímulo às práticas esportivas. Assim, um dos caminhos possíveis envolve a abertura comercial do mercado nacional, que está entre os mais fechados do mundo para produtos do setor esportivo. “A elevada alíquota de impostos desestimula o consumo e, portanto, a prática de atividades físicas, o que conflita com a essencialidade do setor e com a própria Constituição Brasileira, que prevê que o governo deve estimular a prática de esportes”, pontua o executivo.

 

O esporte agrega benefícios que atingem também as áreas de educação, socialização, economia, violência urbana além, é claro, da área da saúde, conforme estudos promovidos pela ÁPICE.

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