Pirataria causa prejuízo bilionário no futebol brasileiro

Impacto na movimentação financeira do esporte ultrapassa R$10 bilhões 

A pirataria é um dos maiores problemas do cenário esportivo brasileiro. Seja por meios digitais ou físicos, a falsificação gera prejuízos bilionários no país. No caso do futebol, o sistema pay-per-view deixa de arrecadar mais de R$500 milhões anualmente por conta de transmissões pirateadas. 


O problema também atinge o ambiente público, já que o Governo Federal deixa de arrecadar mais de R$2 bilhões por ano em impostos. Tudo isso representa uma redução de R$10 bilhões na movimentação financeira de clubes e instituições que controlam o futebol no Brasil. 

A pirataria não afeta apenas o futebol

De acordo com um estudo encomendado pela ÁPICE, e produzido pelo IEMI, a pirataria é um problema que afeta o ecossistema do esporte brasileiro como um todo. Somente em 2023, mais de 173 milhões de produtos falsificados foram comercializados no país, o que representa cerca de 30% do mercado esportivo nacional.


Confira os números por categoria: 

  • Vestuário: 127,6 milhões de peças.
  • Calçado: 19,2 milhões de pares.
  • Camisas de time: 16,4 milhões de peças.
  • Óculos: 10,2 milhões de pares.


O diretor executivo da ÁPICE, Renato Jardim, ressalta a importância de combater a falsificação e proteger os direitos de propriedade intelectual no Brasil: “A pirataria no esporte brasileiro é um problema estrutural que vai muito além das perdas financeiras para clubes e marcas. Estamos falando de um impacto que tira bilhões da economia formal, enfraquece o desenvolvimento do setor e compromete a experiência de toda a população que deseja praticar o esporte com segurança. É preciso encarar esse cenário com seriedade e buscar soluções integradas para proteger não apenas o esporte, mas toda a cadeia econômica que ele movimenta.”

Sobre a ÁPICE

Somos a ÁPICE, Associação pela Indústria e Comércio Esportivo, formada pela união de empresas nacionais e internacionais do setor. Nascemos em 2010 com o objetivo de ser o canal institucional das marcas, do varejo e da indústria de produtos esportivos que atuam no Brasil, junto ao governo, a entidades públicas ou privadas e à sociedade em geral.


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