Confira algumas das conquistas femininas na história dos Jogos Olímpicos

Na semana do Dia Internacional da Mulher, a ÁPICE celebra e recorda as atletas brasileiras no maior evento esportivo do globo


O ano era 1900, data em que aconteceriam as primeiras Olimpíadas com participação feminina, 125 anos após o início dos jogos na era moderna. O barão francês Pierre de Coubertin, que permitiu que 22 mulheres, entre 977 atletas homens, participassem dos jogos em Paris, já havia se expressado contra: “Uma olimpíada com mulheres seria impraticável, desinteressante, inestética e imprópria”. 


A decisão de ter atletas mulheres no evento restringiu a participação feminina para modalidades aristocráticas, como tênis, vela, croquet, hipismo e golfe. Segundo a lógica da época, seriam esportes que não demandariam muito esforço físico, nem “comprometeriam” a “feminilidade” das atletas. 


Dando um salto de 121 anos, temos um cenário bem diferente, em que nos Jogos Olímpicos de Tóquio houve um percentual de 49% de participação feminina no evento. O dado foi celebrado pelo Comitê Internacional Olímpico (COI), e mostra um grande passo para a equidade de gênero no mundo.


Nesta Olimpíada, apenas as brasileiras levaram nove medalhas para casa, entre as 21 conquistadas no ano, sendo destas três de ouro. Um equivalente a 41% de premiações pelo país. Parece pouco, mas com a carência de políticas públicas de incentivo por parte do Estado em jovens talentos, e principalmente crenças misóginas que ainda perduram na nossa sociedade, possíveis atletas que poderiam subir nos pódios mundo afora acabam sendo afastadas. Nomes como Rayssa Leal (skate), Rebeca Andrade (ginástica), Mayra Aguiar (judô), e Luisa Stefani e Laura Pigossi (tênis) tiveram destaque na competição, que ficou marcada como a de melhor desempenho de atletas brasileiras da história. 


Na olimpíada anterior, que aconteceu no Rio de Janeiro, em 2016, as brasileiras subiram cinco vezes no pódio. Até o momento, o maior número havia sido em Pequim, nos jogos de 2008, quando o Brasil levou sete medalhas ganhas por mulheres para casa.

 

Uma grande conquista para atletas brasileiras, levando em conta que representantes do país só passaram a participar das Olimpíadas em 1932. No caso, com apenas uma mulher na edição de toda a América-Latina: a nadadora brasileira Maria Lenk. 


Esporte feminino em pauta


Em meio a discussões de equidade de gênero, há avanços e espaço para debates. É o que mostra a participação de profissionais femininas no II Congresso Olímpico Brasileiro (COB), que acontece nos dias 19 e 20 de março, e irá debater o papel da mulher no esporte. Entre elas, a medalhista olímpica de vela
Isabel Swan; a também medalhista olímpica e atual CEO da Confederação Brasileira de Vôlei, Adriana Behar; a treinadora americana de atletismo, Sheila Burrell; a ginecologista esportiva Tathiana Parmigiano, e a psicóloga Adriana Lacerda.


A ideia da mesa “A Mulher Atleta”, é abordar as características específicas do esporte feminino para receber o treinamento adequado, atendimento médico e psicológico etc.  Em entrevista ao portal do
Comitê Olímpico do Brasil, Isabel Swan falou bem sobre a força e futuro das brasileiras nos Jogos.


“Com certeza temos cada vez mais representatividade no sistema esportivo nacional. É uma construção, mas iniciativas como esta do Congresso Olímpico nos fortalecem ainda mais. Realizaremos um debate essencial, com mulheres poderosas que constroem o esporte no Brasil e no mundo, para discutirmos temas tão importantes. Mulher no esporte cada vez com mais informação, espaço, e consequentemente, resultados”, disse Isabel.
 

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