Mercado de acessórios esportivos na linha de frente do ESG

Grandes empresas do setor lideram a agenda ESG através de diretrizes sustentáveis em suas cadeias produtivas.


A sigla ESG (Ambiental, Social e Governança, em livre tradução) está cada vez mais popular no mundo dos negócios. Ela foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de definir vários critérios e ações para tornar empresas mais sustentáveis, socialmente responsáveis, com atuação ética e transparente.

 

No mercado esportivo, várias marcas adotam práticas alinhadas com as diretrizes ESG. Essas medidas vão desde posicionamento nas redes sociais em prol de movimentos feministas e antirracistas, até o encerramento de parcerias com empresas acusadas de violação de direitos humanos e produção de matéria prima não sustentável. 

 

A indústria de fast fashion é uma das que pode evoluir nessa agenda. De acordo com uma reportagem do Valor Econômico, o segmento responde por 8 a 10% das emissões globais de gases do efeito estufa. Buscar construir uma produção baseada em materiais certificados é uma das formas para ajudar a diminuir os impactos ambientais desta cadeia produtiva.

 

Iniciativas, por exemplo, têm sido no investimento em roupas esportivas feitas a partir de materiais reciclados como garrafas PET, e com ciclo de vida maior. Mais de 2 milhões de garrafas PET foram recicladas em 2020 para a confecção de acessórios esportivos, e a maioria dessas empresas tem como objetivo implementar o uso de materiais recicláveis, como fibra de poliéster, no curto prazo e de reduzir suas emissões de gases estufa.

 

Para uma das mais importantes marcas esportivas do mundo, em 2020, 100% dos principais materiais utilizados no vestuário e acessórios, como penugem, viscose e algodão foram provenientes de fontes sustentáveis, e 97% de outros materiais como couro, poliéster e papelão, também contam com fontes certificadas.

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A SGI Europe (Sporting Goods Intelligence) listou os 50 maiores varejistas esportivos do mundo. Juntos, faturaram em 2024 US$ 150 bilhões (cerca de R$ 800 bilhões).  Entre eles, duas redes têm operações no Brasil: a maior do mundo (de origem francesa) e a 25ª (brasileira!). É significativo estar no mapa, mas, pelo tamanho e perfil da nossa população, o Brasil poderia ter um peso muito maior no consumo global de artigos esportivos. Um dos freios é o nosso ambiente comercial fechado. Em 2007, o Brasil elevou tarifas de importação de vestuário e calçados de 20% para 35%, mantendo desde então uma das alíquotas mais altas do mundo para o setor. O resultado aparece nos dados. Segundo o IBGE, as vendas de vestuário e calçados (em geral, não apenas esportivos) caíram 4,4% quando comparamos 2025 com 2007. No mesmo período, o varejo total brasileiro cresceu quase 70%.
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